A ONG Mãos Unidas pelo Cipriano da Rocha presta uma série de ajudas à comunidade santa-mariense, como brechó de roupas e entrega de marmitas a pessoas em vulnerabilidade social. Anderson Melgares, 45 anos, organiza as refeições há três anos, ele comenta que anteriormente entregava até 300 por final de semana, mas que com a pandemia, e a elevação dos preços dos alimentos, as doações diminuíram, e agora, entrega cerca de 80 unidades a cada 20 dias.
– Esperávamos que fosse o contrário, que com a Covid as pessoas se unissem em prol dessas causas e ajudassem mais, porque, agora, todos os problemas se agravaram – comenta Melgares.
São cerca de 12 pessoas que colaboram nas atividades da ONG. A ação mais recente é a construção de uma praça e horta para os moradores. Atualmente, o local já conta com alguns brinquedos como escorregador e casinha para as crianças, alguns bancos de pallets e outros bancos que antes eram usados no calçadão e que Melgares conseguiu junto à prefeitura.
– Quando conseguimos este terreno, tivemos que limpar tudo, havia muito lixo espalhado. Com a mudança, as pessoas já podem vir aqui, conversar, aproveitar o fim da tarde. Tem sido muito bom – avalia.
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Com a horta, espera-se que parte do que foi plantado seja vendido junto ao projeto Esperança Cooesperança, para arrecadar fundos para seguir realizando melhorias e para comprar alimentos para as refeições. A outra parte será para doação às pessoas do loteamento Cipriano da Rocha, Bairro Pinheiro Machado, região oeste de Santa Maria.
A vereadora Luci Duartes (PDT) é madrinha da Mãos Unidas pelo Cipriano e já colaborou com alimentos, panelas, roupas para doações, 10 palanques de concreto para pracinha e tintas.
O Rotary Club Santa Maria Sul ajudou na realização da horta doando os equipamentos necessários para preparar a terra e as mudas para o plantio de hortaliças. A intenção é que em maio a horta seja inaugurada.
Cristiane Medeiros, 36, esposa de Anderson, conta que a maioria das pessoas atendidas pelas marmitas são catadores de material reciclável e pessoas em vulnerabilidade social.
– Criamos um grupo da janta no WhatsApp e, às vezes, nos perguntam se temos alimentos para doar. Por várias vezes, já tiramos comida do nosso próprio armário para poder ajudar – diz.
Sabrina de Paula Couto, 38 anos, mora em frente a ONG e, sempre que pode, pega as marmitas, que são a refeição para todas as pessoas de sua casa. Eles moram em cinco:
– A pandemia dificultou ainda mais para quem precisa procurar emprego, como eu. Então, ter esse amparo faz toda a diferença.
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O casal espera construir uma cozinha industrial que facilite a preparação das marmitas e, posteriormente, um refeitório. No dia 25 de abril, a ONG vai fazer mais uma entrega de marmitas. Desta vez, serão 300 refeições doadas pela transportadora Alfa Transportes.
PARA AJUDAR
Banco SicrediCooperativa – 0434Conta Corrente – 92888-0
*Colaborou Gabriel Marques